O que comer e o que evitar para uma vida longa com saúde

Por Mark Sisson

Já mergulhamos em três lições e espero que estejas a começar a ter uma ideia do que deverias estar a comer. Ou, pelo menos, o que não deverias estar a comer.

Já abraçaste a ideia de evitar cereais, açúcar e óleos vegetais, sim? Percebes que, devido à sua recente introdução na dieta humana, as pessoas não estão adaptadas a comer estes alimentos. Vês que, ao contrário de ser saudável, cereais, óleos vegetais e açúcar estão realmente a destruir a nossa saúde e a deixarem-nos gordos e doentes.

Estás interessado em mudar do paradigma da queima de açúcar para o Paradigma da Gordura, e entendes que deves comer mais animais e menos hidratos de carbono para perder peso, certo?

Boa… mas, o que vem a seguir? Eu dei-te algumas ferramentas básicas para identificares quais os alimentos podem estar a prevenir a perda de gordura e a promover problemas de saúde, então, em regra, sabes o que não fazer, mas agora queres os detalhes sobre o que deverias estar a fazer. Especificamente, o que deves e não deves estar a comer. Vamos juntar tudo e soletrá-lo. Porque, quando falamos sobre a nossa saúde e felicidade, não queremos andar às voltas ou fazer as coisas pela metade. Queremos ter certezas.

Começa por eliminar todos os alimentos processados ofensivos, cereais, açúcar e óleos industriais.

Livra-te dos cereais: cereais refinados, cereais integrais, pão, massas, muffins, biscoitos, bolachas, waffles, cereais de pequeno-almoço, bolos, panquecas. Qualquer coisa feita de farinha, na verdade.

Livra-te do açúcar: açúcar branco, rebuçados, bolos, bolachas, biscoitos, compotas, chocolate de leite, chocolate branco, xarope de milho rico em frutose, refrigerantes, milkshakes disfarçados de bebidas de café. Se for feito numa pastelaria ou padaria, numa fábrica ou num restaurante e é doce, evita.

Livra-te dos óleos vegetais e gorduras trans: óleo de milho, óleo de soja, de canola, de girassol, cártamo, margarina, cremes de barrar, qualquer coisa com “parcialmente hidrogenado” na lista de ingredientes.

Abandona todas as outras comidas inúteis, a maioria das quais engloba as três categorias anteriores de “alimentos”: batata frita, crackers, aperitivos do tipo Cheetos e Doritos.

Abandona a comida fast-food: Rulotes de tacos, McDonald’s, Burger King, etc. Não vás ao McDonald’s e penses que, só porque removeste o pão, está tudo bem. Diz não ao fast food.

Não coma estas coisas. É junk food. É comida que é projetada para atingir os centros de recompensa no teu cérebro e fazer com que te enchas dela e, em seguida, vás comprar mais.

É rica em calorias, mas baixa em nutrição. Podes comer aquele pacote de Lay’s e obter centenas de calorias dos hidratos de carbono e gorduras rançosas, mas ainda estarás com deficiência em vitaminas e minerais, e ainda sentirás fome!

Serei honesto – podes parar por aqui e aproveitar a maioria dos benefícios. Como os grupos de “alimentos” acima mencionados estão tão super-representados na dieta moderna, evitá-los e simplesmente comer tudo o que sobrar irá tornar-te mais saudável e ajudar-te a perder peso. Mas podemos fazer melhor que isso.

Come os animais, vegetais, frutas, oleaginosas e sementes com que os nossos corpos estão adaptados a prosperar.

Come animais: carne de vaca, borrego, porco, coelho, aves (e os seus ovos). Prefere animais alimentados a pasto, que têm melhores ácidos graxos e contêm mais vitaminas e minerais (e sabem melhor!).

Come animais do mar/rio: pescada, corvina, garoupa, dourada, robalo, atum, sardinha, truta, cavala, caranguejo, camarão, ostras, mexilhões, amêijoas, etc.. Os peixes selvagens (de captura) são os melhores. Os moluscos de criação geralmente são criados como moluscos selvagens e, portanto, servem.

Come produtos ilimitados: vegetais folhosos de todos os tipos, plantas coloridas, bagas, vegetais crucíferos, frutas sortidas, raízes e tubérculos.

Come algumas oleaginosas e sementes: macadâmias, nozes, castanhas de caju, amêndoas, nozes pecans, castanhas do Brasil, pistachos, avelãs; sementes de abóbora e sementes de girassol.

Usa gorduras saudáveis para cozinhar: manteiga (especialmente de vacas alimentadas a pasto), óleo de coco, azeite, óleo de palma vermelha e óleo de palma normal, ghee e gorduras animais (banha, sebo, gordura de pato, etc.).

Especiarias: mantem bastantes ervas e especiarias à mão. Cominhos, coentros, tomilho, alecrim, sálvia, pimenta em pó, hortelã, açafrão e pimenta caiena são alguns dos meus favoritos, mas podes usar qualquer outra coisa que gostes. Especiarias e ervas dão sabor aos pratos e previnem a perda de nutrientes vitais devida ao cozimento, de modo que quando adicionas temperos ou ervas, a tua comida tem um sabor melhor e é realmente mais saudável.

Tudo isto está bem resumido na pirâmide abaixo.

O que deverias estar a comer para favoreceres a tua saúde é  uma alimentação baseada em vegetais, rica em proteína animal, moderada em frutas e lacticínios gordos, inclui algumas oleaginosas e gorduras naturais, bem como um arsenal diversificado de temperos e ervas.
Pirâmide da alimentação saudável – traduzido de “The Primal Blueprint” (por Mark Sisson)

Segue estas orientações básicas e evita as comidas que já mencionei, e estarás pronto.

Então, o que achas? Uma “dieta” composta de carne fresca, todos os vegetais que quiseres, uma variedade de frutas, algumas oleaginosas, alguma gordura deliciosa, um arsenal diversificado de temperos e ervas e deliciosos batidos de coco não soa tão restritiva, pois não?

Fica atento à lição 5.

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